quinta-feira, 14 de novembro de 2013

EDUCAÇÃO, ÉTICA E CIDADANIA


Os antigos filósofos gregos definiam o termo "ethos" como a "morada do ser"; ao pensar em ética podemos analisar o homem em toda a sua existência no tempo e no espaço, suas relações sociais, os princípios que norteiam o seu comportamento, seu jeito de ser, sua moral (parte concreta, de ação, da ética), seu caráter, seus hábitos, seus costumes e seus valores.
A ética definida como "morada do homem", contudo, não faz referencia apenas ao ser humano solitário, como um indivíduo em contexto particular e, sim, ao ser humano solidário, de caráter social, coletivo, no cotexto da "morada comum" pertencente a todos os seres humanos. Quando se fala em ética, portanto, se discute também, automaticamente, sobre educação, pois é este o veículo que proporciona a construção da sociabilidade, o conhecimento dos direitos e as noções básicas de cidadão, os costumes, valores, moral, politização e normas que regem a "pólis".
A educação do ser humano se inicia no seio familiar, onde ele apreende o processo de humanização, civilização e formação de conhecimentos éticos. É no âmbito familiar que a criança compreende o tido como certo ou errado pela sociedade em que vive, o respeito pela liberdade do outro, os comportamentos morais, a cultura, a noção do que é viver em comunidade e o uso da razão. Ao chegar na escola, todo esse conhecimento é solidificado e ampliado de forma pedagógica. Nas instituições educacionais o homem assimila pensamentos, costumes, hábitos e valores diferentes do seu; vive em sociedade e aplica a ética no cotidiano; se politiza e constrói a sua cidadania.
Para ser cidadão é necessário conferir ao indivíduo conhecimento sobre a vida política, seus direitos e seus deveres diante da sociedade que lhe cerca; e a forma mais eficaz de garantir esse conhecimento é através da educação. Devido a esse fato, se constata que a educação é um direito imprescindível ao cidadão que vive em uma sociedade justa e igualitária.

Texto por Marianne Costa Miranda

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