Os antigos filósofos gregos definiam o termo
"ethos" como a "morada do ser"; ao pensar em ética podemos
analisar o homem em toda a sua existência no tempo e no espaço, suas relações
sociais, os princípios que norteiam o seu comportamento, seu jeito de ser, sua
moral (parte concreta, de ação, da ética), seu caráter, seus hábitos, seus
costumes e seus valores.
A ética definida como "morada do homem",
contudo, não faz referencia apenas ao ser humano solitário, como um indivíduo
em contexto particular e, sim, ao ser humano solidário, de caráter social,
coletivo, no cotexto da "morada comum" pertencente a todos os seres
humanos. Quando se fala em ética, portanto, se discute também, automaticamente,
sobre educação, pois é este o veículo que proporciona a construção da
sociabilidade, o conhecimento dos direitos e as noções básicas de cidadão, os
costumes, valores, moral, politização e normas que regem a "pólis".
A educação do ser humano se inicia no seio
familiar, onde ele apreende o processo de humanização, civilização e formação
de conhecimentos éticos. É no âmbito familiar que a criança compreende o tido
como certo ou errado pela sociedade em que vive, o respeito pela liberdade do
outro, os comportamentos morais, a cultura, a noção do que é viver em
comunidade e o uso da razão. Ao chegar na escola, todo esse conhecimento é
solidificado e ampliado de forma pedagógica. Nas instituições educacionais o
homem assimila pensamentos, costumes, hábitos e valores diferentes do seu; vive
em sociedade e aplica a ética no cotidiano; se politiza e constrói a sua
cidadania.
Para ser cidadão é necessário conferir ao indivíduo
conhecimento sobre a vida política, seus direitos e seus deveres diante da
sociedade que lhe cerca; e a forma mais eficaz de garantir esse conhecimento é
através da educação. Devido a esse fato, se constata que a educação é um
direito imprescindível ao cidadão que vive em uma sociedade justa e
igualitária.
Texto por Marianne Costa Miranda
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