EDUCAÇÃO, ÉTICA E CIDADANIA

Os antigos filósofos gregos definiam o termo "ethos" como a "morada do ser"...

EDUCAÇÃO É CIDADANIA

A educação insere-se primeiramente no âmbito familiar, onde os pais concebem...

ÉTICA NA EDUCAÇÃO

A escola pública brasileira há muitos anos passa por sérios problemas...

A UNIVERSALIZAÇÃO DO ENSINO COMO PREPARAÇÃO PARA A CIDADANIA

A democratização da educação, em questão de permanência e acessibilidade, caracteriza o desenvolvimento inicial, e mais importante, de uma educação voltada para a cidadania...

A EDUCAÇÃO COMO INSTRUMENTO DEMOCRÁTICO CIDADÃO

A formação do ser humano começa na família. Ali, tem início um processo de humanização e libertação; é um caminho que busca fazer da criança um ser civilizado...

sábado, 30 de novembro de 2013

CHARGE: A SOLUÇÃO ESTÁ NA EDUCAÇÃO


Lendo alguns textos pela internet me deparei com essa imagem. Comecei a pensar a infinidade de significados, a reflexão e a conscientização da nossa sociedade que ela nos propicia. Na minha interpretação, ela caracteriza a riqueza que a educação tem no âmbito da cidadania, pois demonstra que a marginalização do indivíduo é fruto de um problema social que se dá a partir da falta do acesso à educação.
O acesso ao conhecimento, como demonstrado na charge, amplia os horizontes do indivíduo, abrindo o seu olhar crítico e analítico. Em consequência desse entendimento, somente a partir da universalização do ensino é que se torna possível a evolução da sociedade, somente a partir da educação para todos.

Concluo questionando a nossa participação nesse processo. Qual o papel que nós, indivíduos com acesso ao ensino mesmo que particular, possuímos para o processo de conquista da educação à todos? A resposta concreta, na minha opinião, ninguém possui. Possa ser que mudando o sistema como um todo nós conquistaremos esse direito e dever, a exemplo de Cuba e Venezuela, ou possa ser que não, que basta uma reforma social. Porém, a única coisa que é certa é que conscientizando outras pessoas da importância da educação para a cidadania, para o desenvolvimento social, fica cada vez mais possível a aquisição desse direito. 

AUTOR: GABRIEL PINHO

QUEM SÃO NOSSOS ÍDOLOS?


Esse texto de Claudio de Moura Castro é muito interessante, pois faz uma comparação muito inteligente entre a dedicação no esporte e na educação escolar. Como o futebol, por exemplo, que é um esporte que influencia milhões, nada melhor do que o seu ídolo futebolístico ser um cidadão exemplar e dedicado na sua profissão, para que sigamos o seu exemplo e sejamos um também.
Como diz uma citação do próprio Claudio de Moura Castro, "Nossa educação ainda valoriza o aluno genial, que não estuda. Precisamos de modelos que mostrem o caminho do sucesso por via do esforço e da dedicação".

O êxito em nossa educação passa por uma evolução semelhante à que aconteceu no desporte (de Heleno de Freitas e Garrincha para Ayrton Senna e Pelé) – da emoção para a razão. É preciso que o sucesso escolar passe a ser visto como resultado da disciplina, do paroxismo de dedicação, da premeditação e do método na consecução de objetivos.

“Cada época tem seus ídolos, pois eles são a tradução de anseios, esperanças, sonhos e identidade cultural daquele momento. Mas, ao mesmo tempo, reforçam e ajudam a materializar esses modelos de pensar e agir.Já faz muito tempo, Heleno de Freitas foi um grande ídolo do futebol. Segundo consta, jactava-se de tomar uma cachacinha antes do jogo, para aumentar a criatividade. Entrava em campo exibindo seu bigodinho e, após o gol, puxava o pente e corrigia o penteado. O ídolo era a genialidade pura do futebol-arte.Mais tarde, Garrincha era a expressão do povo, com sua alegria e ingenuidade. Era o jogador cujo estilo brotava naturalmente. Era a espontaneidade, como pessoa e como jogo, e era facilmente amado pelos brasileiros, pois materializava as virtudes da criação genial.Para o jogador "cavador", cabia não mais do que um prêmio de consolação. Até que veio Pelé. Genial, sim. Mas disciplinado, dedicado e totalmente comprometido a usar todas as energias para levar a cabo sua tarefa. E de atleta completo e brilhante passou a ser um cidadão exemplar.É bem adiante que vem Ayrton Senna. Tinha talento, sem dúvida. Mas tinha mais do que isso. Tinha a obsessão da disciplina, do detalhe e da dedicação total e completa. Era o talento a serviço do método e da premeditação, que são muito mais críticos nesse desporto.Há mais do que uma coincidência nessa evolução. Nossa escolha de ídolos evoluiu porque evoluímos. Nossos ídolos do passado refletiam nossa imaturidade. Era a época de Macunaíma. Era a apologia da genialidade pura. Só talento, pois esforço é careta. Admirávamos quem era talentoso por graça de Deus e desdenhávamos o sucesso originado do esforço. Amadurecemos. Cresceu o peso da razão nos ídolos. A emoção ingênua recuou. Hoje criamos espaço para os ídolos cujo êxito é, em grande medida, resultado da dedicação e da disciplina – como Pelé e Senna.”
 Claudio de Moura Castro. VEJA, Ed. 1703 – 06 de junho de 2001.



AUTOR: PEDRO BARROS

domingo, 24 de novembro de 2013

A EDUCAÇÃO COMO INSTRUMENTO DEMOCRÁTICO CIDADÃO

A EDUCAÇÃO COMO INSTRUMENTO DEMOCRÁTICO CIDADÃO

A formação do ser humano começa na família. Ali, tem início um processo de humanização e libertação; é um caminho que busca fazer da criança um ser civilizado, e bem cedo a escola participa desse processo. Com o conhecimento adquirido na escola, o aluno se prepara para a vida. Passa a ter o poder de se transformar e de modificar o mundo onde vive.
Educar é um ato que visa à convivência social, a cidadania e a tomada de consciência política. A educação escolar, além de ensinar o conhecimento científico, deve assumir a incumbência de preparar as pessoas para o exercício da cidadania. A cidadania é entendida como o acesso aos bens materiais e culturais produzidos pela sociedade, e ainda significa o exercício pleno dos direitos e deveres previstos pela Constituição da República.
A educação para a cidadania pretende fazer de cada pessoa um agente de transformação. Isso exige uma reflexão que possibilite compreender as raízes históricas da situação de miséria e exclusão em que vive boa parte da população. A formação política, que tem no universo escolar um espaço privilegiado, deve propor caminhos para mudar as situações de opressão. Muito embora outros segmentos participem dessa formação, como a família ou os meios de comunicação, não haverá democracia substancial se inexistir essa responsabilidade propiciada, sobretudo, pelo ambiente escolar.
Infelizmente, no Brasil, a participação do povo no poder se limita a comparecer às urnas durante o processo eleitoral. A cultura de participação é o primeiro passo para se consolidar uma democracia capaz de garantir os direitos sociais de todos os cidadãos.

A formação de uma cultura democrática nasce do conhecimento enquanto instrumento político de libertação. Ela permitirá o desenvolvimento dos potenciais de cada aluno-cidadão no meio social em que vive. A ideia de educação deve estar intimamente ligada às de liberdade, democracia e cidadania. 

Autor: Pedro Barros.

REFERÊNCIAS:
LAKATOS, Eva Maria. Sociologia geral. 7.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
PERUZZO, Cecília M. K. Comunicação nos movimentos populares: a participação na construção da cidadania. Petrópolis: Vozes, 1998.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

VÍDEO: PORQUÊ TRANSFORMAR A EDUCAÇÃO


(Vídeo: Porquê Transformar a Educação, retirado do Youtube)

Alternativas no campo educacional.

O vídeo em questão traz a importância de métodos alternativos de ensino e matérias que muitas vezes são dispostas erroneamente em posições hierárquicas inferiores. Disciplinas como teatro, dança, educação física, ou até mesmo filosofia e sociologia (principalmente no período da Ditadura Militar no Brasil), foram e são tratadas com menor importância na sociedade se compararmos com a relevância que se dá à matérias como matemática, ciências naturais e linguagens.
Esse fato advém, muitas vezes, de contextos históricos e manipulação política da massa que permeiam arbitrariedade e falta de democracia. No período da ditadura militar no Brasil, por exemplo, conteúdos que permitiam a reflexão e politização do aluno (tratados principalmente na sociologia e filosofia) foram substituídos por matérias meramente panfletárias e pró-ditadura, deixando de lado importantes explicações históricas que permitem que o estudante analisando o passado de seu país, o seu passado, obtivesse uma visão crítica a respeito de seu presente e do governo que geria o seu país. 
Há ainda outras matérias que são tratadas muitas vezes com menor importância, são as disciplinas que promovem o desenvolvimento das inteligências corporal-cenestésica e lógico-espacial, a percepção do próprio corpo e do corpo do outro, além do trabalho em equipe, entre outros. É necessário que o sistema educacional promova a transmissão de conhecimentos de forma democrática e igualitária, atribuindo importância e carga horária equitativa para todas as matérias, desde as ciências exatas, naturais, linguísticas, humanas e matérias que disciplinam conteúdos relacionados ao desenvolvimento corporal, pois somente assim, a educação promoverá um indivíduo completo em suas inteligências, percepções éticas, sociais e políticas dentro de um sistema global e imensamente amplo.
Métodos de ensino alternativos, como a utilização de avanços tecnológicos em sala de aula, como computadores, técnicas de audiovisual, dinâmicas diferentes e didáticas ao abordar os assuntos, interação mais bem aplicada entre os colegas em sala de aula, pais, professores e alunos, etc., são de suma importância para garantir a sintetização e maior absorção do conteúdo proposto em aula e cativar o interesse de maior número de alunos do que se fossem utilizados apenas métodos tradicionais de ensino. Ao desenvolver técnicas variadas de ensino, inserir matérias que tratem da vida em sociedade, da ética e do mundo que nos cerca de forma ampla, pode-se desenvolver maior interesse nos alunos com relação aos estudos e assim, a formação de pensamento crítico, forte poder de análise, politização e cidadania. 

Texto por Marianne Miranda.

   

A UNIVERSALIZAÇÃO DO ENSINO COMO PREPARAÇÃO PARA A CIDADANIA



A democratização da educação, em questão de permanência e acessibilidade, caracteriza o desenvolvimento inicial e mais importante de uma educação voltada para a cidadania. Por isso, a formação ideal para o exercício da cidadania é um dos principais objetivos da educação escolar. A lei 9394/96, em seu art. 2º, define que a educação é um dever da família e do Estado e que “tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania[...]”. Aristóteles, já no sec. IV a.C., afirmava a necessidade de uma educação pública, regulamentada pelas leis.
A educação ao longo da vida tinha como centralidade um direito humano básico, ou seja, era algo de direito à todos os seres humanos, conferindo ao Estado a garantia das condições necessárias. A partir de documentos da UNESCO, publicados há mais de 30 anos, é possível identificar que o princípio da educação era o da educação permanente, a  de uma educação ao longo da vida.  Esse princípio tinha como ideal uma educação voltada para o desenvolvimento do cidadão, para a sua autonomia, e participação na cidadania.
Nos últimos anos, com a reforma liberal no Estado, ocorreu uma mudança nas suas atribuições em relação à educação, passando a atuar segundo as regras do capital. O princípio da formação permanente, que passou a ser influenciada pela ideologia capitalista, deslocou o conceito anterior e deu ênfase apenas à formação profissional, à economia e ao mercado. Esse processo, a mercantilização da educação, reformulou não somente a educação para a formação, como, também, fez surgir a aprendizagem para a vida, uma nova política desse Estado neoliberal, no qual se foca apenas para a resolução dos problemas da economia capitalista e para a amplitude da individualização do homem, até mesmo no âmbito da competitividade. Tal como afirma Licínio Lima, e nas palavras de Carmen Sylvia, “subordinada à economia, vista como uma variável econômica, a aprendizagem instrumentaliza a vida, amputando-a de suas dimensões não (ou menos) mercantilizáveis, ignorando aspectos substantivos da vida ao longo da aprendizagem.”
Enquanto a educação de qualidade for privilégio apenas da elite, as preocupações das instituições com a formação dos alunos para o exercício da cidadania será restrita à seleção dos bons alunos. A escola, enquanto um local privativo para a classe dominante, não desempenha um papel relevante na construção de uma cidadania plena, pois não é democrática. A restrição do acesso ao ensino bate de frente com o ideal da própria cidadania, concentrando a formação de uma cidadania plena para poucos.

Autor: Gabriel Pinho




Referências:
Universidade, Formação, Cidadania. CHAUÍ, Marilene. Arroyo, Miguel e outros. (org. Gisleine Aparecida dos Santos, pela Editora Cortez, 2001).

Educação Permanente: Direito de cidadania, responsabilidade do Estado. MORAES, Carmen Sylvia Vidigal. FEUSP.

VÍDEO: "CIDADANIA E EDUCAÇÃO"




A mensagem que o vídeo transmite é uma conexão geral entre a educação e cidadania, mostrando o que é um cidadão, as consequências da falta de cidadania, como fome e miséria. 

" SER CIDADÃO É PERCEBER QUE FAZEMOS PARTE DO MUNDO.
NOSSAS ESCOLHAS E POSTURAS DIANTE DA VIDA AFETAM NÃO APENAS
A NÓS MESMO, MAS TAMBÉM A VIDA DE OUTRAS PESSOAS, DA COMUNIDADE.
ASSIM COMO AS ATITUDES DAS OUTRAS PESSOAS TAMBÉM NOS AFETAM"


Autor(a): Sanny Silva.


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

ÉTICA NA EDUCAÇÃO

A escola pública brasileira há muitos anos passa por sérios problemas. O excesso de greves de professores é um deles e são os alunos quem mais sofrem com isso, pois, terminam o semestre sem os conteúdos programáticos concluídos. Os educadores se  ausentam no período de aula programado, atrasando as férias, prejudicando os que vão prestar o vestibular para ingresso nas universidades e desestimula o aluno carente da rede pública.
Pesquisas mostram que tanto professores da rede pública quanto da particular se ausentam, mas com frequência maior na primeira, isto porque se sentem mais garantidos por serem, na maioria, concursados. Essa atitude reflete pouco compromisso que os profissionais têm com a educação. Uma boa parte considera que este é um problema causado pela má remuneração da área. Contudo, isto não é desculpa para os educadores não cumprirem com seus compromissos, pois, os maiores prejudicados são os alunos que ficam sem aula, avaliações e conteúdos atrasados.
O educador tem como principal tarefa disseminar o conhecimento e para tanto deve ser comprometido com a educação. Assim, dificilmente faltará ao trabalho e caso isso aconteça, é seu dever avisar a instituição de ensino para que a mesma tenha tempo para se organizar e providenciar um substituto.

 Autora: Gabriella de Andrade Coni.



EDUCAÇÃO É CIDADANIA


A educação insere-se primeiramente no âmbito familiar, onde os pais concebem aos filhos o processo de aprendizagem. É através da família que cada indivíduo aprende a interagir no meio social, além de contribuir para a formação dos valores que vão acompanha-lo por toda a vida. Também, a escola, logo cedo, tem participação efetiva neste processo porque é com o conhecimento adquirido na mesma que o aluno se prepara para a vida, obtém os valores profissionais e tem oportunidade de desenvolver a sua identidade e autonomia.
A escola é essencial para a formação de cidadãos, pois a mesma educa para os direitos e deveres que cada qual tem perante a sociedade, tais como: igualdade de direitos, participação social e politica, solidariedade e respeito.  Ensina a posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais. Além de mostrar à importância de valorizar a diversidade e a interação social e cultural, proporcionando as mais diversas formas de expressão e conhecimento.
Portando, cidadania é educação: a formação de um ser humano participativo e comprometido com seus direitos e sua liberdade, sem deixar de envolver-se com o bem comum e com a coletividade da qual faz parte. É uma pessoa capaz de refletir, de dialogar e de viver segundo os valores impostos pela sociedade.

Autora: Gabriella de Andrade Coni

Referências:





EDUCAÇÃO, ÉTICA E CIDADANIA


Os antigos filósofos gregos definiam o termo "ethos" como a "morada do ser"; ao pensar em ética podemos analisar o homem em toda a sua existência no tempo e no espaço, suas relações sociais, os princípios que norteiam o seu comportamento, seu jeito de ser, sua moral (parte concreta, de ação, da ética), seu caráter, seus hábitos, seus costumes e seus valores.
A ética definida como "morada do homem", contudo, não faz referencia apenas ao ser humano solitário, como um indivíduo em contexto particular e, sim, ao ser humano solidário, de caráter social, coletivo, no cotexto da "morada comum" pertencente a todos os seres humanos. Quando se fala em ética, portanto, se discute também, automaticamente, sobre educação, pois é este o veículo que proporciona a construção da sociabilidade, o conhecimento dos direitos e as noções básicas de cidadão, os costumes, valores, moral, politização e normas que regem a "pólis".
A educação do ser humano se inicia no seio familiar, onde ele apreende o processo de humanização, civilização e formação de conhecimentos éticos. É no âmbito familiar que a criança compreende o tido como certo ou errado pela sociedade em que vive, o respeito pela liberdade do outro, os comportamentos morais, a cultura, a noção do que é viver em comunidade e o uso da razão. Ao chegar na escola, todo esse conhecimento é solidificado e ampliado de forma pedagógica. Nas instituições educacionais o homem assimila pensamentos, costumes, hábitos e valores diferentes do seu; vive em sociedade e aplica a ética no cotidiano; se politiza e constrói a sua cidadania.
Para ser cidadão é necessário conferir ao indivíduo conhecimento sobre a vida política, seus direitos e seus deveres diante da sociedade que lhe cerca; e a forma mais eficaz de garantir esse conhecimento é através da educação. Devido a esse fato, se constata que a educação é um direito imprescindível ao cidadão que vive em uma sociedade justa e igualitária.

Texto por Marianne Costa Miranda

Referências: